Os Bons Morrem Jovens

Já dizia o saudoso Renato Russo: "...os bons morrem antes...", e com base nessa premissa dita pelo músico, que foi um dos maiores influentes não só na música, mas também na cultura dos jovens brasileiros dos anos 80, 90 e ainda hoje, falecido aos 36 anos de idade, percebemos as semelhanças entre os principais ícones influenciadores de gerações de diversas épocas.

Elvis Presley, ou simplesmente "o Rei", foi com certeza o maior ícone cultural da história. Com uma carreira brilhante, o rei do rock passou por um momento bastante delicado em sua vida, quando, no ano de sua convocação ao exercito, sua mãe faleceu, causando-lhe o marco mais dramático de sua vida.
O cantor, conseguiu superar a dor da perda da sua mãe, voltando aos palcos e quebrando recordes de público, vendagens de discos e hits lançados, mas viciado em medicamentos, acabou falecendo subitamente aos 42 anos anos de idade.

Nos finais da década de 60 e início dos anos 70, Jim Morrison, liderando o The Doors, marcou a história da música numa carreira meteórica que se encerrou em 1971, após sua morte, aos 28 anos de idade sob a hipótese de overdose de heroína.

Também aos 28 anos de idade, faleceu o considerado pela maioria, o maior e mais importante guitarrista da história, Jimi Hendrix.
Marcado pela atitude, com uma postura radicalista, Hendrix foi encontrado morto após ter injerido nove pílulas de Vesperax (forte analgésico), tendo, em seguida, se asfixiado em seu próprio vômito.

Com apenas 27 anos, faleceu Janis Joplin, que, talvez, tenha sido a figura femina mais imprtante dos anos 60, marcada sempre por sua atitude rebelde, esbanjando atitude e emoção. A cantora e compositora foi outra vítima da heroína, arruinando sua saúde. O uso de drogas em sua vida chegou a ser mais importante do que cantar.

Conhecido como o maior ícone da cultura punk, Sid Vicious, baixista do Sex Pistols teve sua vida marcada por muita fama e confusão, inclusive duas passagens pela prisão. Após o conturbado relacionamento com Nancy Spungen, falecida no suposto assassinato cometido pelo próprio Sid, o punk passou por momentos depressivos até se suicidar com uma overdose de heroína, aos 21 anos de idade.

Mais uma vítima da heroína, foi Kurt Cobain, líder do Nirvana e principal símbolo do movimento grunge, que surgiu no final dos anos 80 e tendo o seu auge no início dos anos 90. Muitos críticos afirmam que Cobain foi e ainda é o maior influente dos jovens pós anos 90. Apesar da grande fama alcançada, era notória as crises existenciais depressivas do líder do Nirvana, que morreu no auge da carreira, aos 27 anos de idade.

Atualmente surgiu uma nova estrela no mundo da música, Amy Winwhouse. A londrina, dona de uma voz digna de uma beldade, muito conhecida por seus problemas pessoais e uso abusivo de álcool e drogas, é considerada por muitos como a maior estrela surgida nos últimos anos. Amy tem influenciado jovens no mundo todo com sua música e o estilo rebelde e próprio de ser. Seria ela mais uma figura que se despedirá de seus fãs precocemente? Será que estamos em contagem regressiva para presenciar a morte de mais um ícone da música e da cultura?
Acontecendo ou não, espero que Amy esteja aí para afastar o fantasma que leva nossos maiores ídolos ao precipício. E que, assim como Mick Jagger, Bob Dylan e Iggy Pop, seja mais uma que, como vinho, melhore com os anos.